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No final dos anos 90, os textos foram traduzidos para o português, em um trabalho da AIEL - Associação Internacional de Estudos Langsdorff - criada em Brasília, em 1990, pelo pesquisador russo Boris Komissarov, da Universidade de São Petersburgo. Tive contato com essa história nos anos 90, quando um grupo da AIEL, liderado por Danuzio Gil Bernardino da Silva veio a Barbacena para tentar registrar algum resquício da paisagem que o jovem Johann Moritz Rugendas, então o desenhista oficial da expedição, registrou em aquarelas. As duas silhuetas das Igrejas da Piedade e Boa Morte são bem reconhecíveis na delicada aquarela que Rugendas esboçou num dia frio de junho de 1824, provavelmente no alto do morro onde hoje está o pequeno estádio do Olimpic Club.
A partir daí, passei a compartilhar com a turma do Langsdorff um pouco da angústia de ver esta obra tão importante permanecer pouco divulgada. Soube depois, que até Jorge Amado, nos anos 60, usando seu prestigio de comunista histórico, tentou que o governo soviético permitisse o acesso de pesquisadores brasileiros ao acervo do Barão, mas a coisa continuou emperrada.
A tradução dos diários, publicada em uma produção gráfica caprichada feita pela Editora da FIOCRUZ foi um grande momento para essa confusa história. Em 1998, por meu intermédio, o Prof. Danuzio veio mais uma vez a Barbacena, para uma palestra no curso de História da Unipac, curso este que abandonei por absoluta falta de motivação.Assim tornei-me um apaixonado pelo tema. Alguns livros de arte foram lançados revelando parte do valioso material. E até descendentes de membros da expedição reviveram alguns trechos percorridos. Mas há muito mais a descobrir...
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